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Hospital Maternidade de Teresina permanece inacabado

Na Maternidade Evangelina Rosa, não existe mais a menor condição de funcionamento; toda a estrutura está depreciada após os quase 50 anos como hospital de campanha.

O Hospital Materno-Infantil de Teresina está sendo construído desde 2012, é uma das mais impactantes obras inacabadas do estado do Piauí, tudo por conta de sua importância para o cenário em que vivemos atualmente.

De acordo com investigações realizadas pelo Ministério Público há 2 anos, existem cerca de 250 crianças natimortas por ano nas dependências da Maternidade Evangelina Rosa, em Teresina.

A maior parte das ocorrências atingem a cidade de Timon (MA), que faz parte da área conurbada da capital. A cidade da Grande Teresina com maior índice de mortalidade é Altos, 42 km de Teresina.

O Sindicato dos Médicos denunciou em diversas oportunidades a situação lamentável em que se encontra a Maternidade, com médicos atuando sem as menores condições e a infraestrutura extremamente precária. O resultado não podia ser outro, infelizmente.

Em 2009, o governo do estado iniciou mobilização junto aos deputados para a construção de um novo hospital maternidade.

Foto: Pedro Rodrigues

 

Na época, foram alocadas emendas orçamentárias no valor de R$ 52 milhões. A obra foi inicialmente orçada em R$ 49,9 milhões.

Em dezembro de 2011, o Ministério da Saúde liberou a importância de R$ 21,6 milhões, o correspondente a cerca de 40% do valor necessário naquele primeiro momento.

Tempo que passa, produtos encarecem, o custo da obra aumenta. Hoje, o hospital tem orçamento previsto de R$ 83,2 milhões, considerando-se ainda valores que foram aditados durante o governo Michel Temer, na ordem de R$ 16,9 milhões.

O governador Wellington Dias fala em R$ 123,5 milhões. A estrutura está na sétima lage. Mas ainda falta muito a se fazer, mesmo depois de transcorridos oito anos. A obra deveria estar pronta em 1.020 dias.

Ou seja, dois anos e sete meses depois de iniciada. Seria entre o final de 2014 e o começo de 2015. Mas o governo colocou ainda diferença, estendendo a realização até janeiro de 2016. 

Nenhum dos prazos foi cumprido. Persiste, pois, inacabada uma das mais importantes e necessárias obras da atualidade piauiense. E ninguém diz absolutamente nada sobre o assunto. (Toni Rodrigues)

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