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Greve geral: pela sexta vez em menos de dois meses, Teresina amanhece sem ônibus

Categoria alega que não recebeu salário de janeiro e cobra reajustes e melhorias

Os motoristas e cobradores das empresas de transporte público de Teresina, pararam por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (08). Esta é a sexta paralisação desde que o novo prefeito Dr. Pessoa (MDB), foi empossado. 

A informação repassada ao El Piauí, é de que os trabalhadores reivindicam o pagamento de seus vencimentos relativos ao mês de janeiro. Além disso, a categoria também cobra o pagamento do ticket alimentação, plano de saúde e se revoltou com a demissão de 50% dos cobradores. 

Mesmo com a determinação da lei para que 30% da frota circule, até o momento nenhum ônibus saiu da garagem das empresas. Os trabalhadores alegam que os empresários não escalaram os que deveriam sair. 

A situação se agravou, segundo o Sindicato, já que a proposta do Setut é demitir 50% dos cobradores e reduzir em 50% o salário do motorista de ônibus. Atualmente, a categoria tem 1.400 motoristas e cobradores com salário base de R$ 1.941,00. A greve é por tempo indeterminado. 

Strans cadastra veículos
Como forma de tentar amenizar o problema, a Strans está cadastrando veículos alternativos para rodarem nas mesmas linhas dos ônibus. O cadastro ocorre na sede do órgão. Até o momento, cerca de 170 veículos estavam cadastrados. 

Atualmente, pouco mais de 300 ônibus circulam diariamente em todas as zonas de Teresina. 

Setut se posiciona
Através de uma nota oficial, o Setut se posicionou sobre a greve. O sindicato disse que tentou negociar com o Sintetro, mas não obteve êxito. Leia abaixo a íntegra da nota:

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) informa que tentou acordo com o Sintetro a fim de evitar o movimento grevista, contudo não houve um entendimento efetivo entre as partes. Na última reunião, o Setut explicou aos representantes a impossibilidade de fechamento de acordo da convenção coletiva, devido aos problemas financeiros enfrentados pela empresa. Também foi explicado aos trabalhadores, que o pagamento que deveria ter sido realizado no último dia 05 não foi feito em decorrência do não repasse da Prefeitura de Teresina referente aos valores devidos, conforme prevê edital do sistema de transporte. 

Atualmente, o setor de transporte público está passando por dificuldades, com condições financeiras precárias, tanto devido à redução na queda de passageiros em função da pandemia, gerando consequente queda de receita como também às dificuldades geradas pelos recorrentes atrasos nos repasses da Prefeitura, que só ocorreram após intervenção através de ações judicias.   

A entidade ressalta ainda que hoje o faturamento das empresas se concentra somente em ¼ do que se arrecadava e não há condições de aumento salarial aos trabalhadores.

A entidade lamenta a mobilização, que causa prejuízos e transtornos aos teresinenses que necessitam, diariamente, utilizar o transporte público.

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